Notícias

Consumo de açúcar deve ser regulado, dizem cientistas

Estudo afirma que consumo mundial de açúcar triplicou nos últimos 50 anos e sugere idade mínima para a compra de refrigerantes


Açucar (Foto: SXC)
Em um artigo publicado nesta quinta-feira (2) na revista Nature, três cientistas Universidade da Califórnia, em São Francisco, chamam a atenção para um mal que, segundo eles, além do álcool e do cigarro, tem causado grande impacto na saúde pública mundial: o açúcar. O texto vai ao encontro com o que aponta as Nações Unidas: doenças infecciosas foram ultrapassadas, pela primeira vez na história, por doenças não infecciosas. Câncer, diabetes e problemas no coração são responsáveis por cerca de 35 milhões de mortes ao ano.

De acordo com Robert H. Lustig, Laura A. Schmidt e Claire D. Brindis, autores do estudo, os efeitos danosos do açúcar no organismo humano são semelhantes aos promovidos pelo álcool. Eles propõem que o consumo de açúcar seja regulado.

O consumo mundial de açúcar, afirmam os pesquisadores, triplicou nos últimos 50 anos. E, apesar de os Estados Unidos liderarem o ranking mundial do consumo per capita do produto, o problema não se restringe a esse ou a outros países desenvolvidos.
Segundo eles, todo país que adotou uma dieta ocidental, dominada por alimentos de baixo custo e altamente processados, teve um aumento em suas taxas de obesidade e de doenças relacionadas a esse problema. “Há hoje 30% mais pessoas obesas do que desnutridas”, escreveram os autores.

Mas a obesidade não é o principal problema neste caso, já que, segundo os pesquisadores, 20% das pessoas obesas têm metabolismo normal e terão uma expectativa de vida também normal. Ao mesmo tempo, cerca de 40% das pessoas com pesos considerados normais desenvolverão doenças no coração e no fígado, diabetes e hipertensão.
Os pesquisadores afirmam que problema é maior nos países menos ricos. Segundo o estudo, 80% das mortes devidas a doenças não transmissíveis ocorrem nos países de rendas média ou baixa.

Na visão dos autores do artigo, os países deveriam começar a controlar o consumo de açúcar. Eles mesmos sugerem algumas ações, como a taxação de produtos industrializados açucarados, a limitação da venda de tais produtos em escolas e a definição de uma idade mínima para a compra de refrigerantes.

Porém, apesar das sugestões aparentemente fáceis, os pesquisadores afirmam que, diferentemente do álcool ou do cigarro, que são produtos consumíveis não essenciais, o açúcar está em alimentos, o que dificultaria a sua regulação. “Em países em desenvolvimento, os refrigerantes são frequentemente mais baratos do que leite ou mesmo água”, dizem.
  





Substancia na tangerina combate obesidade e protege contra Infarto e AVC


Pesquisa nova d Universidade de Ontario(EUA), descobriu substancias na TANGERINA que previne obesidade, e que oferece proteção contra diabetes tipo 2, aterosclerose, reduzindo chance de eventos como IAM e AVC. A substancia em questão é um flavonoide chamado Nobiletin. Dentro de um modelo criado pelo Dr Murray Huff, ele criou ratos que foram alimentados com a dieta do Oeste, rica em gorduras e acucares. Metade dos ratos foram alimentados ainda com Derivado de Tangerina(Nobiletin.) Estes ultimos ratos não desenvolveram sindrome metabolica como: aumento de colesterol, triglicerides, glicose , insulina, e ganhou peso normalmente.
Nobiletin mostrou força em prevenir esteatose pelo figado através de ação de estímulo a genes de expressão que queimam gorduras.
The Nobiletin-treated mice were basically protected from obesity, diz Huff, o Director of the Vascular Biology Research Group.

Há 2 anos atrás o mesmo grupo já tinha evidenciado outra substancia com efeitos semelhantes, vinda do suco de uvas- Naringenin, .O mais interessante neste novo estudo é que esta nova substancia oriunda da tangerina é 10 vezes mais potente que a outra."What′s really interesting to us is that Nobiletin is ten times more potent in its protective effects compared to Naringenin, sendo assim o seu efeito em proteger aterosclerose é potencialmente aceito
The research was funded primarily by the Heart and Stroke Foundation of Ontario, with additional grant support from the Pfizer Canada Cardiovascular Research Program. University of Western Ontario

Congressos Medicos 



O perigo do uso de hormônios para emagrecer

Mulheres recorrem a injeções e implantes de testosterona para perder peso. Mas a utilização é perigosa

Luciani Gomes

img.jpg

A busca de estratégias para entrar em forma, por vezes, chega a medidas desesperadas. Uma das mais recentes em uso pelas mulheres é a injeção ou o implante de cápsulas de testosterona – hormônio sexual masculino – e outros hormônios derivados para ganhar massa muscular, tônus, e queimar gordura sem esforço. A utilização, porém, é perigosa. “São hormônios que não estão naturalmente em dose alta no corpo feminino e seu uso pode acarretar consequências graves para o organismo”, explica Alexandre Hohl, presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 

A utilização pode levar a efeitos colaterais, como o aumento da quantidade de pelos, alteração de voz e até sérias complicações hepáticas e cardiológicas. A menstruação e a ovulação também podem ser prejudicadas, assim como o clitóris pode ter o tamanho aumentado. “Os efeitos são gradativos. Dependem da dose e do tempo de uso, mas podem ser irreversíveis”, alerta Hohl. 

O hormônio começou a ser usado por mulheres que queriam se livrar da TPM. Mas seu impacto na estética atraiu as que estavam interessadas em mais tônus muscular e menos gordura. A aplicação é feita de duas formas: injeção ou implante de microcápsulas de hormônio na região subcutânea. A primeira é mais simples e as aplicações duram até um mês. Na segunda, o efeito pode durar até três anos, dependendo da quantidade de hormônio que a cápsula contiver. Uma cápsula de silicone, de 3 cm x 0,4 cm, é colocada no corpo (braço e abaixo da clavícula) através de um pequeno corte ou com o auxílio de aplicadores. Dentro da cápsula, as micropartículas liberam o hormônio para o corpo aos poucos.

M., jovem carioca de 25 anos, recorreu ao método para aumentar a massa muscular. “Queria ter mais perna”, justifica. Os resultados apareceram, rapidamente e de ambos os lados: tanto o corpo ficou tonificado como M. teve aumento de pelos e de clitóris. O arrependimento bateu. “Não faria de novo. Não vale a pena”, conclui. 

Hormônios de efeito anabolizante, como a testosterona e seus derivados, são de uso controlado e só podem ser adquiridos com receita médica. “Cabe ao médico avaliar o grau do benefício e do risco para o paciente. E ele tem direito de não querer fazer o procedimento”, explica Hugo Miyahira, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro. 





Um chiclete para combater a fome

Pesquisadores americanos testam goma de mascar feita com substância que inibe a vontade de comer

ALEXANDRE DE MELO
Pesquisadores amerianos querem criar chiclete que mata a fome (Foto:  Peter H/Stock.xcng )
Pesquisadores da Universidade Siracusa, nos Estados Unidos, podem estar perto de lançar mais um artifício para quem luta contra os quilos a mais. Eles estão desenvolvendo uma goma de mascar que contém uma substância capaz de diminuir o apetite.
O chiclete emagrecedor teria em sua composição um hormônio chamado peptídeo YY, secretado naturalmente pelas células do intestino. Quando comemos, o organismo libera a substância que dá um sinal para o corpo que não é preciso ingerir mais calorias, diminuindo a fome. A equipe do químico americano Robert Doyle está testando se ingestão oral do peptídeo YY teria o mesmo efeito. Algumas pesquisas sugerem que a ideia pode funcionar porque temos receptores para esse hormônio na língua e na gengiva.
Doyle diz que a goma de mascar – ou até mesmo pílulas, feitas com a mesma substância - seria uma alternativa aos medicamentos atualmente no mercado. Muitos contêm anfetaminas, que têm efeitos colaterais graves, como aumentar a pressão arterial, a frequência cardíaca e causar dependência. “Há o perigo inevitável de alguns indivíduos abusarem até mesmo da goma de mascar", afirma Doyle. “Mas meu objetivo é ajudar os pacientes com necessidade médica de perder peso.” Por enquanto, a nova goma de mascar está em fase de estudo e não está à venda.